O plexo braquial é uma complexa rede de nervos localizada entre a coluna cervical e o ombro, responsável pela inervação sensitiva e motora do membro superior, sendo formado pelos nervos espinhais, também chamados de raízes (saem da coluna cervical e início da coluna dorsal). As raízes formam, após se “entrelaçarem”, os Troncos Superior, Médio e Inferior. Os Troncos formarão os nervos que serão responsáveis pela inervação do membro superior.
Em seu trajeto (da região cervical até a axila) ele se torna mais exposto, podendo ocorrer diversos tipos de lesões (tração ou compressão). Nas lesões em que o ombro é forçado abruptamente para baixo (adução) e, principalmente, quando, concomitantemente, a cabeça é forçada em sentido oposto, a porção alta do plexo braquial é mais lesionada. Já quando o membro superior é forçado em abdução exagerada, as raízes inferiores são mais vulneráveis. Normalmente estão relacionados a quedas de moto ou bicicleta.
O diagnóstico é realizado por meio do exame clínico. No entanto, os estudos por imagem (Mielotomografia e Ressonância Nuclear Magnética) e os estudos eletrofisiológicos (Eletroneuromiografia) são de grande utilidade na caracterização da localização, extensão e gravidade da lesão; podendo ajudar na conduta a ser tomada em cada paciente.
Os sintomas variam de acordo com as lesões encontradas e incluem: dormência e/ou formigamento do membro superior (que a depender do local da lesão vai ser mais próximo do ombro ou da mão); fraqueza e/ou falta de força no membro superior (que também irá variar a depender do local da lesão); ardor desde o pescoço até a mão.
O tratamento deve ser indicado dependendo do resultado dos exames, quando temos uma lesão leve (neuropraxia) usamos de fisioterapia e medicação, associado a terapias adjuvantes que auxiliem na melhora de dor e nos estímulos. Quando a lesão é média (axonotmese) mantemos as condutas iniciais já citadas e podemos associar procedimentos cirúrgicos, principalmente para as transferências musculares, tentando suprir a ausência dos movimentos (dependentes dos locais acometidos na lesão). Nos casos mais graves (neurotmese) é semelhante ao das lesões de nervos periféricos, com a tentativa de reparo dos nervos quando possível (lesões muito próximas das raízes dificultam o reparo), transferências musculares para a recuperação de movimentos em áreas que não se recuperaram, e associação de fisioterapia pós-operatória e medicação. As lesões do plexo braquial afetam uma rede grande de nervos e a recuperação é muito demorada, apresentando normalmente um certo grau de limitação, pela gravidade das mesmas.
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