O celular é quase um companheiro inseparável, visto por muitos como um bem essencial no dia a dia, mas o que muitas pessoas não sabem é que o uso excessivo deles pode causar danos ao corpo humano. Dores de cabeça constantes, um couro cabeludo e ombros extremamente sensíveis ou um incômodo atrás de um olho; todas essas queixas podem estar relacionadas ao uso indevido do celular.
Estão cada vez mais comuns os casos de “text neck” (pescoço de texto), incluídas na categoria das Dores tecnológicas. Dores na cabeça ligadas a tensões na nuca e no pescoço causadas pelo tempo inclinado em uma posição indevida para visualizar a tela do celular.
O uso intensivo do aparelho celular pode provocar muitas dores nas costas. Ao digitar no celular, geralmente abaixamos a cabeça e tensionamos os ombros e braços para segurar o aparelho, gerando as dores.
Um estudo publicado no periódico “Surgical Technology International” avaliou a tensão na coluna cervical (pescoço) conforme a inclinação da cabeça: Em posição neutra, a cabeça de um adulto pesa entre 4,5 kg e 5,4 kg. À medida que a cabeça se inclina para baixo, o pescoço passa a sustentar cada vez mais peso. Quando a cabeça está inclinada 15º, por exemplo, o pescoço tem que suportar 12 kg. Quando a inclinação é de 30º, o pescoço tem que suportar cerca de 18 kg e quando a inclinação é de 60º, o pescoço suporta 27 kg, seis vezes mais do que o peso real da cabeça.
Nesse ponto, onde a inclinação aumenta cada vez mais, os músculos da região cervical e dos ombros ficam contraídos. Isso traz dor e sensação de formigamento e queimação. Além das dores, existe o risco do surgimento de lesões mais sérias, como as artroses. Colocar a cabeça para baixo aumenta a cifose (curvatura normal da região torácica), esse desvio do eixo da coluna para frente sobrecarrega toca a coluna, tendendo ao desgaste com o passar do tempo, principalmente da lombar.
Além das dores na coluna, há ainda o problema de ficar o dia inteiro digitando, causando dores por movimentos de repetição.
A recomendação geral é a de diminuir o uso do celular. Como ficar sem o celular não é opção para muitas pessoas, devemos ter alguns cuidados: elevar o aparelho de modo que o centro da tela fique na altura dos olhos e, assim, não abaixar tanto a cabeça; apoiar braços e antebraços para que não fiquem sobrecarregados; exercícios para fortalecimento dos músculos (ioga, pilates ou até mesmo a tradicional musculação) podem ajudar; e pausas de 15 minutos cada vez que o usuário passar mais de 40 minutos mexendo no celular.
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