Fratura do Cotovelo II e Braço

O Braço é a região do membro superior entre o ombro e o cotovelo. Temos nessa região o Úmero, osso longo e dividido em diáfise (região central) e metáfises (extremidades, proximal e distal), articulando-se com a escápula (ombro), e com o rádio e a ulna (cotovelo). Trataremos neste post sobre as fraturas diafisárias e as fraturas distais (Cotovelo).

As fraturas do úmero ocorrem mais comumente em 2 grupos de pacientes, pessoas jovens após traumatismos de grande energia (acidentes automobilísticos ou esporte) e em pessoas idosas após queda da própria altura. Clinicamente, podemos observar os seguintes sintomas: dor; edema; equimose; deformidade no braço e incapacidade de movimentação. É importante avaliar a presença ou não de lesão do nervo radial. Nas fraturas do úmero distal (cotovelo) não se encontram, normalmente, lesões nervosas.

As Radiografias Simples do braço são suficientes para o diagnóstico das fraturas do Úmero e Cotovelo. Em alguns casos pode-se lançar mão das Tomografias Computadorizadas e/ou das Ressonâncias Magnéticas, mais específicos onde exista a necessidade de avaliar alguma outra estrutura. Nos casos onde temos a lesão do nervo radial, a Eletroneuromiorafia pode ser solicitada.

O tratamento preferencial das fraturas do úmero é o não cirúrgico, sendo iniciado a imobilização gessada, e posteriormente pode ser usada a Órtese de Sarmiento. Mais de 90% das fraturas consolidam com mínima deformidade residual, sem repercussão na mobilidade do ombro ou do cotovelo.

O tratamento cirúrgico está indicado em fraturas do cotovelo (distais, por serem articulares); nas vítimas de politraumatismo com múltiplas fraturas; obesos; fraturas expostas; fraturas associadas a tumores ou a lesões nervosas e/ou vasculares; em pacientes que não toleram o tratamento não cirúrgico ou aqueles que querem uma reabilitação mais rápida.