• 15 MAR 19
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    As Anomalias Congênitas da Mão

    As Anomalias Congênitas da Mão

    As anomalias congênitas são lesões que se formam ainda no feto, na maior parte dos casos no primeiro trimestre de gestação (fase embrionária) e podem estar relacionadas a síndromes que envolvem outras alterações, como cardiopatias, malformações do tubo digestivo e do sistema nervoso central, entre outras. Elas ocorrem em cerca de 2% dos nascidos vivos. As alterações do membro superior respondem por 10% dos casos (a maioria delas na mão). Durante a gestação as Ultrassonografias podem realizar o diagnóstico precoce dessas alterações e auxiliar na conduta a ser tomada, pela possibilidade de estudo do caso com tranquilidade e a realização de um tratamento precoce, com resultados funcionais na vida adulta melhores quando comparados à não correção ou a correções tardias. Se faz necessário o acompanhamento com um geneticista, pois esse especialista poderá avaliar se a lesão foi causada por uma síndrome ou não.

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    Na maioria dos casos as anomalias congênitas não possuem causa definida, quando ou onde teria acontecido a alteração. Menos comumente temos as alterações genéticas (síndromes familiares) ou ambientais (radiação, álcool e drogas). As alterações possuem várias causas, entre a 4º e 8º semana de gestação as mãos são formadas, porém desde a união entre espermatozóide e óvulo, em qualquer fase do desenvolvimento, as anomalias podem acontecer.

    O diagnóstico de uma alteração congênita das mãos pode ser feito a partir do terceiro mês de gravidez, por meio de um ultrassom morfológico. Esse exame permite visualizar o bebê dentro do útero, identificando possíveis doenças, porém as alterações menores podem não ser vistas.

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    As lesões congênitas mais frequentes são a sindactilia (mais comum, quando dois ou mais dedos estão unidos) e a polidactilia (quando possui um número extra de dedos). As alterações possuem características que variam a depender da região do mundo (populações brancas possuem mais comumente a sindactilia, negros a polidactilia do 5º dedo e os amarelos a do polegar). A sindactilia pode ser simples, quando há união entre os dedos somente pela pele, ou complexa, quando ocorre fusão óssea entre os dedos, tornando o tratamento mais difícil. A polidactilia pode ser dividida em dois tipos: pré-axial, que se caracteriza pela duplicação do polegar, e pós-axial, quando se localiza nos outros dedos.

    polidactilia

    O tratamento, na sindactilia e na polidactilia, são feitos por cirurgia, realizada por volta dos seis ou sete meses de vida, caso não exista nenhuma síndrome associada à lesão. Na sindactilia, a cirurgia separa os dedos envolvidos. Pacientes com vários dedos afetados muitas vezes exigem mais de um procedimento cirúrgico. A sindactilia pode causar transtornos ao crescimento dos outros dedos, por isso devem ser tratadas precocemente, além de deformidades e perda de amplitude dos movimentos. Na polidactilia, a cirurgia visa à remoção dos dedos extras, se forem dedos que não apresentam ossos podem ser extraídos logo após o nascimento, as cirurgias mais delicadas destinam-se às duplicações do polegar e dedos centrais, completamente formados, que demandam maiores cuidados. O ideal é que a cirurgia seja realizada no máximo até os cinco ou seis anos de idade, nos casos de polidactilia.

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    Existem outras alterações menos frequentes: Amputações (ausência de mão, antebraço, ausência de dedos e falanges – órteses podem ser usadas), Mão torta (defeito longitudinal do rádio, com diminuição de seu tamanho ou ausência parcial / completa – órteses para posicionamento e cirurgia), Polegar hipoplásico (deformação com polegar discretamente menor até sua total ausência – cirurgia para reconstrução), Polegar empalmado (polegar virado para dentro da palma da mão – órtese para posicionamento e cirurgia), Camptodactilia (deformação dos dedos, com flexão permanente – órteses, manipulação ou cirurgia).

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