A Luxação Congênita do Quadril ou Displasia do Desenvolvimento do quadril é a terminologia médica usada para a instabilidade ou a frouxidão da articulação do quadril (coxo-femoral) ao nascimento. Cerca de um em cada vinte recém-nascidos a termo apresentam alguma instabilidade no quadril e dois a três por mil necessitarão de algum tratamento ortopédico. A maioria dos quadris instáveis nos recém-nascidos tornam-se estáveis naturalmente. No entanto, utilizar roupas muito apertadas, condições genéticas e outros fatores podem impedir a correção natural. A prevenção com diagnóstico precoce, por meio de um tratamento simples, evita o desenvolvimento da luxação do quadril e o agravamento da displasia. A causa está associada a dois fatores: Hereditário (Displasia ou frouxidão capsular predisponente) e Mecânico (Posicionamento intra-uterino).

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Elas são diagnosticadas no exame clínico rotineiro do quadril do recém-nascido (manobras de Barlow e Ortolani). O exame de ultrassonografia do quadril poderá ser recomendado para o recém-nascido que tenha fatores de risco para a displasia ou quando o médico achar necessário, por alguma suspeita no exame clínico. Com o passar da idade percebemos no exame do paciente a diferença no comprimento dos membros inferiores, com o Sinal de Galeazzi e a Marcha de Trendelemburg. Outros sinais podem estar presentes e a consulta com seu médico ortopedista é fundamental.

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Os bebês com maior risco para a displasia do quadril possuem: História familiar de displasia de quadril, Posicionamento pélvico no útero materno, Torcicolo ou má formação no pé, Peso ao nascimento superior a 4,200kg, Idade materna superior a 35 anos e crianças do sexo feminino (chegando a proporção de 8 meninas para 1 menino).

Quando detectada nos primeiros dias ou meses de vida do bebê, o tratamento deve ser feito com o Suspensório de Pavlik (órtese dinâmica que permite o encaixe do quadril do bebê), outros tratamentos com fraldas duplas ou com a fralda frejka, usados no passado, não devem ser mais prescritos.

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Na maioria das vezes, o tratamento com o Suspensório traz bons resultados, e está indicado para todos os quadros de Luxação Congênita do Quadril. O tratamento não realizado até os 2 anos de idade pode acarretar em limitações nos movimentos do quadril luxado e marcha ineficiente. A displasia não tratada pode levar o paciente a desenvolver osteoartrite e outras patologias na fase adulta.

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