Os desvios (deformidades) da coluna vertebral raramente ocorrem num único plano (lado ou forma de desvio), e geralmente ocorrem em três dimensões. Os tipos de desvio na Coluna Vertebral são: Cifose, Lordose e Escoliose.

Cifose é a excessiva curvatura da coluna vertebral no A-P (plano sagital, “olhando” de lado). O desvio para trás tem normalmente de 20° a 45° graus de curvatura, na região dorsal ou torácica, e qualquer ângulo acima de 45° é chamado cifose (similar aos chamados corcundas).

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Lordose é o encurvamento excessivo da parte lombar da coluna, e é muitas vezes associada à escoliose ou cifose. O desvio difere da cifose por ser anterior, mas da mesma forma é no plano sagital. Ele pode ser gerada por má postura e é mais comum em mulheres.

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A escoliose é a curvatura anormal da coluna vertebral no plano coronal (lateral, “olhando” de frente). A escoliose de entre 10° e 20° é chamada leve, menos do que 10° é considerada variação postural e, entre os desvios, é a escoliose que mais leva a procura de consulta com o ortopedista.

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Epidemiologia

Esses desvios na coluna ocorrem mais comumente em meninos na infância (cerca de 60%), em adolescentes as meninas representam 90% dos casos. Ocorrem em cerca de 2-3% da população em geral.

A escoliose para a direita é muito mais comum do que à esquerda, exceto no tipo infantil, onde uma curva do lado esquerdo é mais comum. A escoliose torácica direita tem a parte convexa desviada para a direita. A Escoliose ocorre mais comumente entre os 10 anos de idade e a maturidade sexual (Escoliose Idiopática do Adolescente), podendo começar no início da puberdade ou tornar-se evidente durante o pico de crescimento do adolescente.

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As mulheres possuem maior risco de acometimento, muitas vezes necessitando de tratamento cirúrgico, quando o tratamento não-cirúrgico não consegue parar curvatura. A Escoliose adulta ocorre após a maturidade sexual.

Fatores de risco

A curvatura anormal da coluna vertebral pode resultar de doença da coluna vertebral (incluindo trauma ou desequilíbrio do sistema neuromuscular), pode ser congênita, pode ser por Discrepância dos membros inferiores (pernas de comprimentos diferentes), etc.

Em adultos, a cifose está muitas vezes relacionada com osteoporose (perda da altura das vértebras) ou envelhecimento (desidratação dos discos vertebrais); mas em crianças pode ser devido a uma lesão, um tumor sobre a coluna vertebral, ou uma desordem genética. Cerca de 80% das escolioses são idiopáticas (sem causa definida).

Os sintomas

A doença leve é geralmente indolor, mas, como a deformidade pode crescer, a dor normalmente pode aparecer. A escoliose em crianças ou adolescentes é muitas vezes detectada em exames de rotina. Os pacientes com escoliose mais frequentemente apresentam ombros desnivelados, cintura com assimetria (um quadril saindo mais do que o outro), ou uma proeminência na costela. Com cifose encontramos ombros mais a frente e caídos, com uma corcunda

Tratamento

Tratar dos desvios da coluna depende de vários fatores (tipo de doença, severidade, prognóstico e tolerância do paciente). Diagnóstico e intervenção precoce são benéficas e a conduta pode ser dividida em: observação, órtese, operação. Os objetivos do tratamento são: parar a progressão da curva na puberdade (ou, possivelmente, até mesmo reduzi-la), prevenir ou tratar a disfunção respiratória, prevenir ou tratar síndromes de dor na coluna vertebral e melhorar a estética através da correção postural. O principal objetivo da órtese para escoliose é deter a progressão da curva, porém numa combinação de órtese com exercícios já foi demonstrado o aumento da eficácia do tratamento.

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As chances de sucesso das órteses são melhoradas com disciplina e adesão ao uso da cinta durante o tempo recomendado, que pode ser de até 23 horas por dia. Pode ser removida para lavar roupa e natação.

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Cerca de um em cada seis pacientes com Escoliose necessitam de cirurgia, ela é geralmente indicada para o tratamento de uma deformidade clínica significativa ou para corrigir uma deformidade escoliótica que é susceptível de evoluir, sendo recomendada em adolescentes com uma curva que tem um ângulo de Cobb superior a 45° a 50°. Os objetivos da cirurgia são, geralmente, deter a progressão da curva, corrigir a deformidade e melhorar a aparência estética.

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