O Antebraço é formado pelos ossos rádio e ulna, ficando entre a articulação do cotovelo e do punho, sendo interligados entre si por uma membrana, chamada interóssea. É responsável pelos movimentos de pronação (dorso da mão para cima e palma da mão para baixo) e supinação (palma da mão para cima e dorso da mão para baixo). Apesar de não ser uma articulação propriamente dita, por possuir esses movimentos próprios (onde a ulna atua como eixo do movimento e o rádio gira sobre ela) ele tem a característica de uma articulação.

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O antebraço é o segmento com o segundo maior número de fraturas expostas, perdendo apenas para a tíbia. As fraturas do antebraço são lesões muito comuns em crianças, constituindo cerca de 40% de todas as fraturas pediátricas. Nos adultos, as fraturas são mais comuns em jovens do sexo masculino, principalmente relacionadas a acidentes de grande energia, como os automobilísticos e/ou os disparos de arma de fogo.

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Elas podem ocorrer em 3 regiões: fraturas proximais (próxima ao cotovelo); diafisárias (no meio do antebraço); e distais (na região próxima ao punho e já comentadas em post anterior). As Fraturas proximais do Antebraço abrangem parte das fraturas do cotovelo (cabeça do Rádio e Olécrano). Entre os sintomas das fraturas temos a dor, edema (inchaço), hematoma/equimose (mancha de coloração roxa, por extravasamento de sangue) e a deformidade, além de incapacidade de mobilizar o membro superior afetado.

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O diagnóstico é realizado por meio da história clínica e pelos sintomas apresentados pelo paciente, em conjunto com exames complementares. A radiografia (Raio-X) é o exame mais acessível e o mais utilizado para essa finalidade, em alguns casos a Tomografia Computadorizada e a Ressonância Magnética podem ser utilizadas.

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O tratamento pode ser de duas formas: Conservador (sem cirurgia) ou Cirúrgico. A escolha do tipo de tratamento vai depender principalmente da gravidade, da idade do paciente e de alguns parâmetros (as Fraturas do Cotovelo possuem indicação cirúrgica na maioria dos casos). A melhor indicação de tratamento conservador é feita nos casos de fraturas sem ou com pouco desvio (dificilmente é indicado, raramente ocorre este tipo de fratura no adulto), sendo uma excelente opção nas crianças (devido ao potencial de remodelação óssea). Com algum desvio pode ser feita uma redução “fechada” dessa deformidade. O tratamento é feito com imobilização gessada, geralmente do tipo axilo-palmar, sendo sempre realizado o acompanhamento radiográfico.

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As indicações mais aceitas para o tratamento cirúrgico das fraturas do antebraço são as fraturas expostas, comprometimento neuro-vascular associado e politraumatismo. Outras indicações são os grandes desvios, cotovelo flutuante (fratura do antebraço e do úmero no mesmo lado), idade acima de 10 -12 anos na presença de grande deformidade e falha do tratamento conservador. Dentre as principais técnicas empregadas, está a utilização de placas e parafusos e em crianças pode ser utilizado os fios intra-medulares. Nas Fraturas do Cotovelo podem ser usadas as Placas e Parafusos, Ressecção da Cabeça do Rádio ou a Prótese de Substituição da Cabeça do Rádio; no Olécrano é usada a Banda de Tensão na maioria dos casos, ou a Placa e Parafuso nos casos de fragmentos maiores.

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